Ainda há alguma constelação para contar
Ariane de Freitas e Ivan Sodré (MG / Brasil)
1, 2 na Dança (2012)
O Projeto Sombrancinhas é uma iniciativa de dois bailarinos, no intuito de ampliar suas pesquisas e atuações em dança. Tem como forma final o espetáculo "Ainda há alguma constelação para contar" que consiste num duo.
O duo nos reporta a uma série de significados afetivos que falam de nossa trajetória na dança-vida, com o ambiente e os indivíduos sempre se modificando. As memórias sempre se reincidem para abrir novas portas, e possibilidades e atuam como transição, lugar de passagem, de trânsito.
O trabalho refaz a temporalidade do aqui e agora, como um lugar de síntese, juntando forças para o próximo movimento e qualificando o espaço, a dança.
No início, existia apenas uma ideia de retornar as origens. Aos poucos, foram surgindo as inspirações poéticas de Kiefer e Magritte, textos foram escritos e lembranças acessadas de nossa história. Um elemento muito importante surgiu e faz parte da cena: sombrinha e guarda-chuva. Esses elementos trazem sentido transitório e revelador. A palavra ?sombrancinhas" é uma pequena brincadeira da junção de sombrinhas com lembranças.
Um homem na escuridão, com suas lembranças sensíveis mergulha no esfumaçado, que lhe barra a claridade. Mesmo diante da luz ele não enxerga, não consegue ver. É um corpo tateando como se processasse alguma coisa, na busca de criar novas dimensões, linhas de fuga. À sua volta, uma Ânima que acolhe a energia contrária a si e a devolve, como um processo de conter e estar contida. Um multiplica e revela o outro, numa série de constelações afetivas.
São esse Homem e esse Ânima uma árvore? uma sensação? duas partes? o agora? você?
Ainda há uma constelação para contar...
Concepção e Interpretação:
Ariane De Freitas e Ivan SodréTestemunha e compartilhamento:
Joana WannerFotografia e Vídeo:
Lucas MedeirosMixagem de trilha:
Dj RobinhoTrilha:
The Chemical Brothers; Pat Metheny; Alfred Koerppen; Tangos; Jun Miyake; Su-Mei Tse.