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As Troianas
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Programa

As Troianas

CEFAR - Fundação Clóvis Salgado (MG / Brasil)

Direção: Raul Belém Machado

(1994)

"O texto de Eurípedes foi escolhido para esta montagem tendo em vista três razões: a primeira é que acredito que uma Escola de Teatro deve propor um espetáculo que fuja à demanda direta da produção comercial e que, não cometendo nenhuma ousadia possa permitir o exercício de um texto clássico; a segunda vem do próprio texto e de sua possibilidade de movimento, sons e cores numa renovada aparição de personagens dentro de um efeito de conjunto. A terceira razão é consequente e vem ao encontro de uma constante busca de novas relações de espaço: "As Troianas" permite isso.

A linguagem adotada propõe novas relações palco/plateia. Percorrer o espaço dramático e retomar estas mesmas novas e antigas relações do espaço formal. A forma é então pensada na também antiga estilização, onde o gestual pode se remeter a uma remota Tróia na Ásia.

O local escolhido para a representação, saindo do palco italiano, permite uma integração do espaço cênico com o espaço dramático e busca estimular o espaço lúdico criado pela atuação do ator e sua evolução sobre a cena no ceio do grupo. É como uma emissão do ator, que é seu centro e sua origem.'

Raul Belém Machado

"A ação de "As Troianas" se desenrola fora das muralhas de Tróia, após a captura da cidade pelos gregos comandados por Agamenon. Lá estão as mulheres troianas e, entre elas, Hécuba ?" viúva do rei Príamo, morto pelos gregos. A tragédia de Eurípides é de fato uma ilustração dos horrores que esperam os vencidos na guerra.

Menos fiel ao pensamento religioso de sua época que Ésquilo e Sófocles, Eurípides levou para o palco o racionalismo aprendido no convívio com os filósofos contemporâneos, principalmente os sofistas.

De um modo geral, Eurípides encenou situações de tensão emocional violenta, mostrando homens e mulheres dominados por paixões ou dilacerados por impulsos conflitantes. Questionou a religião e a moral tradicionais e demonstrou vigorosa dependência intelectual, escandalizando frequentemente a opinião pública. Deu grande destaque às personagens femininas e deixou-nos uma galeria maravilhosa de retratos de mulheres, heroínas do bem ou do mal."

Mário da Gama Kury

O espetáculo foi encenado originalmente nos jardins internos do Palácio das Artes.

Estes textos foram transcritos do programa original do espetáculo.

As fotografias deste espetáculo foram feitas em filme e digitalizadas no âmbito do projeto "O teatro em BH no final do Século XX - digitalização do acervo de Guto Muniz". Projeto nº 0821/2020

Este projeto foi realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte.

Ficha Técnica

Elenco: Alexandre Toledo, Alice Campos, Carlos Martinho, Cristina Vilaça, Fernanda Werneck, Henrique Carsalade, Leonardo Diniz, Sidneia Simões, Erica Garcia, Isabel Bechara, Juliana Martins, Márcia Torquato, Selene Tôrres, Simone Corrêa

Percussão: Letícia Queiróz

Diretora assistente: Iara Fernandes

Preparação corporal: Rita Clemente

Assistente: Fernanda Werneck

Preparação vocal: Marisa Gontijo

Assistente: Leonardo Diniz

Projetos gráficos: Leonardo Diniz

Maquiagem: Vera Caiô

Iluminação: Jorge Luis

Produção: Fernanda Werneck, Leonardo Diniz

Chefe de divisão de cenários, figurinos e adereços: Vera Caiô

Confecção do figurino: Marilu Reis, Ireni Santana, Heloisa Mendes, Marta Macaroun, Marta Rodrigues

Confecção de adereços: Nilo Pereira, Leonardo Diniz

Pintura de adereços: José Miguel

Superintendência técnica: Paulo Pedro de Almeida

DEAPO: Nair de Abreu

Chefe de divisão de palco: Roberto Fontes

Chefe de equipe: Maurício Ferreira

Chefe de maquinaria: Argemiro Agostinho

Eletricista: Sebastião Acácio

Operadores de luz: Marco Antônio Oliveira, Luiz Alberto Xavier, José Gildásio, Virgílio Dorneles Dangelo, Sérgio Bini

Maquinária: Gelton Fiúza Ramos, Carlos Magnus, Márcio de Jesus, Vicente Fernandes

Figurino, adereços e direção geral: Raul Belém Machado

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