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Memorial Vale realiza a exposição "Avestruz - só tenho rascunhos" de Paola Rettore

A Vale, a Fundação Vale e o Ministério da Cultura, como parte da programação 2013 do Memorial Minas Gerais Vale, apresentam a EXPOSIÇÃO “AVESTRUZ - SÓ TENHO RASCUNHOS”, de PAOLA RETTORE, realizada pelo Memorial Minas Gerais Vale, com abertura a partir de 6 de março de 2013, com permanência até o 12 de maio de 2013.

AVESTRUZ – SÓ TENHO RASCUNHOS é um projeto da multiartista Paola Rettore (Paola Rettore Dance Uncia) que inclui o lançamento de um livro-objeto, fotografias, vídeo e performances. A exposição é o ápice do projeto, a partir de um convite do Memorial, que reúne ao processo criativo do trabalho. Durante o período da exposição serão apresentadas pela artista três performances, sempre aos domingos: 17/março - Ciborgue; 05/maio – Sofia; 11/maio – Convidada;

A exposição apresenta: interferência urbana/performance, vídeo, foto, poema e livro-objeto a partir da criação de sete roupas-esculturas, as quais, em geral, questionam relações de poder, trabalhando no limite do exagero, da ironia e da provocação. Além dos figurinos e fotos e exibição do vídeo, a exposição contará com vestígios e memórias, processo da confecção do livro-objeto e de três performances. “É uma pluralidade de ações com pensamentos distintos completamente AVESTRUZ. É tudo muito AVESTRUZ”, acrescenta Paola Rettore.

De março a julho de 2012, a artista realizou, em diversos espaços de Belo Horizonte, uma série de interferências urbanas que foram registradas. Suas reverberações em foto, vídeo e peças gráficas, se transformaram em uma pequena edição de 200 exemplares únicos, manufaturados, denominados ‘livro de artista’ ou ‘livro-objeto’.

As performances foram realizadas na cidade de Belo Horizonte, a partir da construção de sete roupas-esculturas “pré-performance”, “pré-personagem” e “pós-persona”, trabalhadas como objetos, como construção de adereços superpostos ao corpo ou mesmo como uma extensão do corpo. O objetivo foi dar às esculturas um lugar de referência. As roupas foram criadas e confeccionadas pelo artista figurinista e artista cênico Marciano Mansur. As vestes questionam, em sua maioria, relações de poder, trabalhando no limite do exagero, da ironia, da provocação e da poesia. Trata-se de uma obra que explora como temática a multiplicidade de mulheres. Nas ruas foram vistas pré-personagens como a Ciborgue, a mulher Esmalte, a mulher Anos 50, Sofia, a mulher que dá diplomas, entre outras. Para a elaboração das performances Paola Rettore teve a colaboração teórica de Adelaine LaGuardia e Silke Kapp, trazendo questões sobre a ciborgue a teoria pós-gênero e o lugar específico na cidade. “Este trabalho tem o figurino como objeto, a rua como cenário, o clown, como escultura. Na primeira parte do projeto, as performances, os encontros com pessoas, com o acaso. Num segundo momento, a publicação, que apresenta rascunhos, vestígios e memórias dessas experiências”, explica Paola Rettore.

O livro-objeto desenhado pela artista gráfica Lais Freire traz fotos de Eugênio Sávio e Weber Pádua que revelam a rua, os encontros e o deslocamento para o estúdio. O vídeo de Marcelo Kraiser realiza uma outra poesia para as mesmas performances. Cada livro é batizado com um nome de um esmalte e torna-se único com oito obras realizadas, uma a uma pelos artistas: Cibelle de Pádua, Lidia Lana, Marciano Mansur e Paola Rettore.

“Os trajes/figurinos que Paola Rettore re(a)presenta quer em situações de vivencia urbana, onde em muitas das imagens é revelador o contraste entre a a beleza do adereço e a rudeza do ambiente envolvente (como no caso da série “Ciborgue”), quer inseridas no ambiente sofisticado e asséptico do estúdio fotográfico, onde as vestes e a movimentação conjugadas com a singularidade/seriedade das expressões faciais e do exercício da sensualidade do corpo se associam a objetos comuns que, no contexto contribuem para a dramatização da situação registada pela câmara fotográfica, configuram obras de arte ‘per si’.

No mesmo resultam muitas das fotografias que aqui se podem observar e que conformam obras de arte contemporânea de irrepreensível qualidade artística e técnica. Obras fotográficas que, afinal, a Paola sempre concretizou, a partir da dança, da performance ou na própria edição.

Nestas fotografias, a artista revela de novo a sua verve criativa, que já me tinha chamado a atenção nos registos fotográficos da série “Deite para ver o céu” e nas videoperformances a que tive o prazer de assistir à gravação, e de onde fiquei com a ideia da Paola Rettore como uma artista plenamente embrenhada na conceção e na revelação da sua arte, centrada na dança, mas também no cuidado que sempre demonstrou na criação dos adereços que desenvolveu para a realização do seu trabalho nessa área.

Ao contrário do belíssimo poema “Acaso Falta” (que em tempos comentei à autora que gostaria de ter sido eu a escrevê-lo), “…alta / falta F // fata / falta L // fala / falta T // para completar”, neste triplo trabalho de criação estética na inventividade dos adereços - exposição pública - registo fotográfico, tudo fala e nada falta !”

Comenta Fernando Aguiar (artista, poeta e performer português)

SOBRE A ARTISTA

Paola Rettore é artista bailarina-atriz, coreógrafa, poeta, pedagoga, especialista em Arte e Contemporaneidade pela Guignard (UEMG), mestre em Artes (UFMG). Dirige a Paola Rettore Dance Uncia. Professora de Metodologia de Ensino da Dança em Curso da Pedagogia do Movimento – Extensão EBA - UFMG e Professora de Arte do CEFAR – FCS. Coordenadora de Pós-Graduação em Performance da Faculdade Angel Vianna.

Foi professora de dança e coreógrafa do Grupo Galpão, durante quase 10 anos. Coordenadora Geral do Corpo - Escola de Dança, Supervisora Pedagógica do CEFAR - FCS, Bailarina e Assistente de Direção da Cia. de Dança do Palácio das Artes, co-coordenadora da Escuela de Exploradores de La Danza – Equador. Publicação: livro infanto-juvenil, publicado pela Editora Dimensão, O Anjo da Dança, sobre Isadora Duncan. Livro/vídeo Pequenas Navegações, Cartas de Amor; foi Editora das Publicações do ‘Ciclo de Confluências’.

Seus trabalhos foram apresentados em mais de 20 países. Premiada pelo teatro e pela dança nacional e internacional como coreógrafa. Prêmios recebidos também pela literatura infantil nacional. www.paolarettore.com

FICHA TÉCNICA:

EXPOSIÇÃO

Realização: Memorial Minas Gerais Vale

Direção Idealização e Performer: Paola Rettore

Expografia, montagem, identidade visual e produção: Guilherme Machado

Montagem: Ronaldo Brás / Índio

Co-criação e confecção figurinos: Marciano Mansur

Vídeo: Marcelo Kraiser

Fotografia: Eugênio Sávio e Weber Pádua

Patrocínio: Vale – Lei Federal de Incentivo à Cultura

LIVRO/VIDEO

Direção: Paola Rettore

Artista Gráfica: Laís Freire

Fotografia: Eugênio Sávio e Weber Pádua

Vídeo: Marcelo Kraiser

Dramaturgia de movimento ciborgue: Anita Mosca

Artistas Plásticas: Cibelle Pádua e Lidia Lana

Figurino: Marciano Mansur

Diretor de Produção: Gustavo Ruas

Secretária Executiva: Cláudia Rossi

Assessoria de Imprensa: João Marcos Veiga

Colaboração: Adelaine LaGuardia, Raul Belém Machado e Silke Kapp

Patrocínio: Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte/2010

Realização: Vagabundagem Dance Uncia

MEMORIAL MINAS GERAIS VALE

Endereço: Praça da Liberdade, s/n, esq. Gonçalves Dias

Horário de funcionamento do Memorial: terças, quartas, sextas e sábados, de 10h às 17h30. Quintas, das 10h às 21h30. Domingos, das 10h às 15h30.

Toda a programação é gratuita.

Classificação: Livre

http://www.memorialvale.com.br

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