Mulher com Mulher vira Jacaré
Olivia Viana. Performer convidada: Janaína Tábula. (MG / Brasil)
Performance no Memorial (2014)
O trabalho surge da frase popular "mulher com mulher vira jacaré" e da ideia de pensar o movimento como forma de construção de imagem, para falar sobre a interdição do desejo feminino, onde duas mulheres, corpos répteis, rastejam, arrastam e viram jacaré. Como num conto de fadas, a punição de se transformar em um animal monstruoso e selvagem pela descoberta da sexualidade. A obra utiliza recursos da dança e explora os corpos das performers como se fossem esculturas.
"O trabalho questiona essa ideia de que mulher é um ser humano frágil e delicado e, por isso, na obra, a inserção da figura grotesca e pantanosa, feroz e predatória do jacaré, que se contrapõem. Gosto de pensar que posso fazer as pessoas refletirem em relação à sexualidade feminina e também em relação à homofobia, outra questão abordada na performance, embora o foco narrativo seja a poética entre o delicado e o grotesco. " explica Olívia Viana.