Piranha
Wagner Schwartz (SP / Brasil)
1, 2 na Dança (2013)
A reclusão voluntária é um tema presente na história de várias religiões e, também, na forma de vida de certos intelectuais, artistas e pesquisadores. A reclusão involuntária pode ser contextualizada no campo da loucura, da exclusão social, ou dos acidentes ambientais. A piranha é um peixe carnívoro de água doce dos rios da América do Sul. Sua principal característica é viver em bando. Na época das chuvas, na bacia amazônica ou em rios do pantanal, as águas chegam a invadir quilômetros de terra, formando pequenos lagos sazonais em que muitas piranhas ficam aprisionadas.
Piranha é a metáfora de um corpo em reclusão. Ele se agita nevralgicamente, entre uma dinâmica voluntária e involuntária, sitiado por uma composição de ruídos digitais. O fluxo de movimento que se enreda sob um feixe de luz desdobra, em seu próprio corpo e no espaço cênico, as variações sutis de uma rave, de uma guerra, de uma possessão, de um susto, de uma morte.
Criação, performance e seleção musical:
Wagner SchwartzLuz:
Marcos AurélioProdução:
Gabriela GonçalvesCoprodução:
Núcleo Corpo Rastreado